JEEP GRAND CHEROKEE FALHA “TESTE DO ALCE”
Colocado à prova no célebre “Teste do Alce”, o novo Jeep Grand Cherokee esteve à beira de capotar, falhando a avaliação tradicionalmente levada a cabo pelos nossos colegas do Teknikens Värld
Apesar de controverso, e muito discutido, sobretudo de há década e meia a esta parte, o famoso “Teste do Alce” continua a ser uma referência nos países nórdicos, como na Suécia, onde os nossos colegas de trabalho do Teknikens Värld costumam avaliar a maioria dos automóveis novos à venda no seu país, numa prova que tem por objectivo simular o evitar do pachorrento cervídeo com que, não raro, é possível deparar subitamente por aquelas paragens. Quando sujeito a esta prova, o novo Jeep Grand Cherokee, a uma velocidade de 63,5 km/h, falhou o teste, quase capotando a meio da manobra evasiva, apesar de estarem ligados os sistemas electrónicos anticapotamento e de controlo de estabilidade. De notar que, na Suécia, o Jeep Grand Cherokee Overland, o modelo que surge nas imagens, vem equipado de série com jantes de 20”, revestidas por pneus 265/50.
A Chrysler, em comunicado oficial, afirma que a unidade em causa transportava mais peso do que o limite máximo permitido, o que teria provocado o quase capotamento. Mais ainda, após várias tentativas para reproduzir o efeito, foi realizado no passado dia 8 de Julho um novo conjunto de testes com a Teknikens Värld. Neste, realizado de acordo com as especificações do manual, três veículos de teste fizeram 11 passagens à pista criada pela publicação sueca e nenhum deles esteve perto de capotar.
Refira-se que, em 1997, este mesmo teste ficou mundialmente célebre quando, realizado pela mesma organização, levou ao capotamento do Mercedes Classe A, que acabava de se estrear no mercado. Na altura, para justificar o resultado, os responsáveis da marca de Estugarda alegaram possíveis erros de condução e mesmo uma inadequada pressão dos pneus, denotada pelo facto de as jantes terem tocado no asfalto antes do capotamento do modelo alemão – mas o facto é que, pouco depois, todas as unidades já em circulação foram recolhidas, e operadas algumas alterações no modelo, incluindo a montagem de pneus de especificações diferentes das originais e inclusão do ESP como equipamento de série.
Mais tarde, em 2007, a Toyota Hylux também evidenciou alguma tendência para capotar. Após os engenheiros japoneses terem realizados os seus próprios testes, a marca optou por deixar de vender no Velho Continente esta pick-up quando equipada com jantes de 16”. Lembrando que a Hilux não possuía controle de estabilidade na época e quando comparada aos seus concorrentes sai em desvantagem, já que as demais, Mitsubishi e Nissan vinham com controle de estabilidade, que evitava visivelmente a possibilidade de capotamento.
Por: Automotor-Portugal-DM
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