sexta-feira, 12 de junho de 2009

Correio Técnico...Óleo Lubrificante: Motor (Final)

INTERVALO DE TROCA

É neste quesito que mora o maior dos perigos, pois é nele que residem as maiores "lendas". Óleo mineral para 5 mil km ou óleo sintético para 10 mil km isso não existe!!!! Afirmar que um lubrificante deve ou não ser trocado apenas pelo "dedometro" do frentista é outra lenda. Façam essa experiência: Peguem um veiculo a diesel, rode uns 1000 km até o lubrificante ficar escuro e peçam para o frentista avaliar (quando o motor estiver quente) se o lubrificante precisa ou não ser trocado. A resposta invariável será "SIM"!!!!!

Quem manda nos prazos de troca é o fabricante do motor! Se o fabricante mandar trocar a cada 10 mil km, troque! Como diz meu grande amigo Dimas: "Óleo é barato. Caro é fazer um motor!".

Se o fabricante mandar colocar lubrificante sintético e trocar a cada 10 mil km, este procedimento é para ser feito. Em caso extremo, se for colocado um lubrificante de base mineral, cortar este prazo pela metade.



Outro aspecto muito importante é o TEMPO: O óleo deve ser trocado a cada X mil km ou 6 meses, o que ocorrer primeiro. Este é um aspecto muito importante, pois muitos proprietários de veiculo não atingem a quilometragem esperada no tempo de 6 meses. Um exemplo extremo disso era a Renault que nos primeiros Clios, recomendava fazer a troca a cada 15 mil km. Ai o proprietário levava um ano e meio para rodar tal quilometragem e era comum a formação de borras, uma verdadeira graxa do óleo velho.

O tipo de uso do veiculo também é relevante: Se utilizado em velocidades constantes, com temperatura de trabalho do motor constante, o prazo pode ser esticado para o prazo máximo que o fabricante recomenda. Se for uso severo (por severo, entenda-se, anda e pára no transito urbano, variações constantes de rotação e de temperatura), o prazo deve ser encurtado. A GM, por exemplo, recomenda a troca, nesses casos em intervalos de 4 meses ou 4 mil km!!!!

O filtro de óleo também é importante. Deve ser trocado com freqüência. Há quem recomende a cada duas trocas trocar o filtro. Mas não deve exceder nunca um ano de uso ou 20 mil km.

Uma boa dica é sempre que trocar de marca de óleo, proceder à troca do filtro, pois o resto do óleo velho que fica retido no filtro pode acabar não se misturando com o produto de outra marca. Mesmo se colocado um produto de origem mineral, os aditivos contidos numa marca e na outra são diferentes e acaba inibindo, atrapalhando o seu correto desempenho.

Outro procedimento importante é sempre que trocar de base de lubrificante (mineral por sintético ou vice versa), também trocar o filtro, pois ambos os produtos provêem de bases diferentes e a mistura de ambos pode comprometer o desempenho do lubrificante.

Daniel Shimomoto
(Parte Final)

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