As TVs argentinas anunciavam, no final do rally, que o Dakar retornaria para a África em 2011. Oficialmente a organização irá divulgar somente no final do mês, mas os rumores são grandes de que o Dakar voltaria para casa, onde foi realizado por 30 anos.
Ontem o jornalista Américo Teixeira Jr. (http://www.diariomotorsport.com.br/) perguntou no Twiiter o que achávamos que iria acontecer em 2011 e começamos a especular sobre as possibilidades.
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Para 2011 existem diversas possibilidades de largada, como Espanha ou até mesmo Portugal, lembrando o período que era Lisboa-Dakar, uma coisa é certa a expectativa dos sul-americanos é grande para que o Dakar continue aqui. Na verdade alguns grandes competidores como o Team Hummer e principalmente a Volkswagen Touareg Race também desejam a manutenção do Dakar em terras Americanas.
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“Aqui na Argentina já ouvimos várias suposições sobre onde será a próxima edição do Rally Dakar. Uma delas, que acredito que seja a mais coerente, é a de que a prova teria início em Mônaco e passaria pela Tunísia, Líbia e Egito”, comentou o piloto André Azevedo, que aguarda sua equipe na chegada da prova, em Buenos Aires. “Já eu gostaria que a prova continuasse na América do Sul, pois os locais que percorremos são tão difíceis e variados quanto na África. Aliás, se eu fosse ‘abduzido’ e levado para o Deserto do Atacama, não saberia distinguir se era um deserto daqui ou o Saara”, afirma o piloto para o site webventure.
VW Touareg Race apóia a manutenção do Dakar na America do Sul
A equipe Volkswagen sempre se manifestou a favor da continuidade do Dakar na America do Sul. O diretor Kris Nissen comentou que: “Para a Volkswagen é melhor que o Dakar continue aqui, com todas as possibilidades de estrutura e os cenários também. É bem claro que o sucesso das duas últimas edições é porque correr na América do Sul é muito melhor do que na África, em países que não temos mercado e que não são estáveis. Todas as edições da prova que fiz na África haviam mudanças de planos diariamente, pela falta de estabilidade e dificuldade de planejamento” , comentou o diretor do Racing Touareg.
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O Touareg Race levou os três primeiros lugares da geral e a sétima colocação, o brasileiro Mauricio Neves abandonou o rally após um acidente e com isso menos um Touareg no rally, que provavelmente ficaria entre as primeiras colocações na geral.
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Apoio governamental e popular
Na America do Sul existe uma participação forte do público, vibrando e torcendo, o que dá um “plus” a mais para os competidores e para a própria mídia de divulgação. O apoio dos governos Chilenos e Argentinos é notório! A organização do Dakar conta com total apoio logístico dos governos dos dois países, diferentemente do que acontece na África, gerando assim uma melhor estrutura para os competidores, tendo a disposição aviões, helicópteros, assistência médica e segurança, enquanto que na África a maior parte dessa estrutura é privada, o que reduz o lucro da ASO e sobe os custos para os competidores que pagam mais alto nas inscrições.
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Grau de dificuldade entre África e América do Sul, quem oferece maior desafio aos competidores?
Na verdade a maior dificuldade que se encontra na África são os problemas políticos enfrentados nos percursos pelo solo africano. Devemos lembrar que o Dakar 2008 foi cancelado justamente por ameaças de terrorismo a organização da prova e aos competidores. Fora o problema do terrorismo a miséria na região gera conflitos e estes conflitos já prejudicaram muitas vezes o Dakar, modificando trajetos e criando problemas de logística as equipes.
Em termos de solo e desafios de condução existe muita similaridade entre a África e a America do Sul, na verdade os desafios em nossa região são maiores, uma vez que existe a exaustão da altitude que é enfrentada na Cordilheira dos Andes, tanto pelos competidores como pelos equipamentos. Além de mais trechos de dunas a areal mais pesado que na África, o que gerou alguns conflitos entre a organização e os competidores de Motos, que reclamaram da restrição de ar imposta aos motores acima de 450cc para que todas as motos andassem com a mesma cilindrada e com isso acirrando a competitividade. Segundo Despres, campeão este ano e tricampeão no Dakar, a restrição não afetou os números, e com sua KTM 690, com 450cc devido à restrição, levou de ponta a ponta o rally, e afirmou que o que ganha o Dakar é agora a técnica.
E agora? Para onde vai o Dakar?
Voltando a conversa com o Américo no twiiter, havia comentado que o apoio da Argentina e do Chile, bem como o desejo dos competidores e da VW, hoje um nome forte no Dakar, seria um peso enorme em prol da manutenção do Dakar na America do Sul. Américo reforçou que os problemas políticos na África leiam-se terrorismo, ainda pesava muito no não retorno a África do rally.
Comentei com o Américo que o Eco África Race rally que ficou no lugar do Dakar na África, havia feito todo o trajeto sem problemas, embora não tenha em seu trajeto algumas áreas que o Dakar percorria e que ficou para outro Rally, que começou ontem (16/01), o Rally Budapeste-Bamako The Great África Run e que iria percorrer os locais do Dakar. Porém durante o decorrer do dia recebi a notícia de que o Budapeste-Bamako estava cancelado por ameaças de terrorismo. Em Novembro alguns espanhóis haviam sido seqüestrados e já começou a por em risco a realização do rally. A organização do BB cancelou as etapas da Mauritânia e Mali, o rally começou em Budapeste, mas as principais etapas na África estão canceladas e com isso prejudicando todo o projeto e elegendo a cidade de Agadir como ponto final no dia 29/01.
Com o cancelamento das principais etapas do Budapeste-Bamako, temos mais uma vez a possibilidade de que o maior rally do mundo permaneça na America do Sul. Para a felicidade da maioria, esperamos que continue, mas vamos aguardar a organização no final do mês informar como será e onde será o Dakar em 2011. Uma coisa é certa, a disputa será mais acirrada seja onde for! Na categoria carros com a VW Race Touareg defendendo seu bicampeonato e correndo atrás do tricampeonato e sendo perseguida de perto pelo X-Raid BMW Race com Peterhansel à frente, Robby Gordon com seu Monster Energy Hummer, além de Souza, Terranova e Spinelli no Mitsubishi Lancer. Grandes competidores que ficaram a poucas horas dos Touaregs.
Que venha 2011, que venha o maior Rally do Mundo!
Sérgio Holanda
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