segunda-feira, 19 de março de 2012

TRANSAMAZÔNICA CHALLENGE 2012 - UMA AVENTURA INESQUECÍVEL

TRANSAMAZÔNICA CHALLENGE 2012 - PARA ONDE NÓS VAMOS?


Saída: Km8 depois do acampamento 2
Destino: Juruti
Km: 140km



Começou a chover a meia-noite e choveu sem parar a madrugada inteira. Sete da manhã todos de pé, contra a vontade, pois chovia muito, mas tínhamos que construir uma ponte e fomos em frente. Engenharia de projeto feita, mãos a obra, e todos fazendo sua parte. Corta arvore, picota toras, carregas pranchões e amarra tudo. Perto do meio dia nossa ponte estava pronta e muitos desafios pela frente do outro lado.

Entramos novamente na trilha e mata fechada, facões e foices, serra elétrica nas mãos e mais arvore para cortar e avançando metro a metro. Dia cansativo, até porque o dia anterior já tinha sido pesado, seguimos em frente e mais arvores caídas. O tempo corria e vez outra caia uma chuva de deixar todo mundo ensopado. Às 17:30h tomei uma decisão, enviei Cesar e Matheos, juntamente com um dos mateiros, o Zeilto para avançarem 2 km a frente e tomarem noção do que teríamos, afinal como todas as informações eram desencontrada e pelo GPS estávamos a 38km da Vila Amazônia e nosso diesel estava acabando, nossos mantimentos idem e principalmente o óleo 2 tempos da moto-serra, que já tínhamos apenas uma, visto que a minha apresentou problemas no carburador, ou seja, estávamos ficando sem opções e quem abriu mais de 20km de estrada por onde nenhum carro passara nos últimos 5 anos e moto a cerca de 1 ano, tínhamos feito muito, mas não tínhamos planejado isso, já que nosso objetivo era a balsa da Galileia, que não existia, então não tínhamos reserva técnica de mantimentos e combustível.

Grupo avançado retornou e com uma péssima notícia, tínhamos somente pelos 2km que andaram uma Castanheira gigante para cortar, já estávamos quase sem óleo 2t para a moto-serra, além disso a estrada que iria para a Vila tinha acabado, a selva tomara conta totalmente, impossível de penetrar e a outra levava a um antigo projeto a cerca de 15km, mas com muitas arvores a serem cortadas, já que estava abandonada a 5 anos e apenas motos passavam, mas esta estrada terminava no projeto e de lá somente uma trilha de motos no meio da selva, ou seja, chegamos ao final, quem sabe em 2013 com um D7.

Decidi que iríamos voltar, alguns ainda queriam insistir no que achavam ser possível, mas é uma questão e bom-senso e principalmente de segurança. Retornamos para a ponte que tínhamos construído, quando os últimos passaram já era noite e seguimos para Galileia.

No caminho da Galileia Julio bateu em um tronco escondido na beira da estrada e na pancada empenou a base do eixo direito e deslocou a transmissão. No mesmo tronco Matteo bateu com o pneu direito do Troller e como conseqüência arrancou a roda, detonando a manga de eixo e porcas.

Grupo parado desmontou o conjunto e deixamos o Troller no local, Matteo não quis retornar e ficou com seu parceiro de viagem acampado junto ao carro, como a estrada é abandonada não tem perigo, pelo menos em relação a assalto. Seguimos para Galileia, no entroncamento para Juruti pedi ao Julio que guiasse a maior parte do grupo para Juruti e fiquei, juntamente com Marcão, Luiz, Cesar, Jorge e Leandro, pois fomos deixar os mateiros em casa.

O grupo seguiu para Juruti, chegando quase duas da manhã, nõs chegamos quase quatro horas e fomos descansar o dia já estava amanhecendo e muito trabalho pela frente e decisões a serem tomadas sobre o que faríamos pela frente.

Adendo:

Para alguns não conseguir chegar é uma derrota, mas estes nunca enfrentaram um desafio como o que enfrentamos. Abrir quase 30km de estrada no meio de uma mata onde o ultimo carro passou a 5 anos não é fácil, pirambeiras altas, tudo deslizando, poças d´água e muitos desafios como cobras surucucus e aranhas em quantidade, estávamos no ramal conhecido na região pela grande quantidade de cobras e animais peçonhentos. Uma coisa é certa, todos que lá estavam, ficaram de alma lavada com toda a aventura que enfrentamos, valeu o percurso e toda adrenalina que passamos, afinal viemos aqui para isso.

Relação de danos para os dois dias:

- Ranger: homocinética
- Troller Matteo: Batida em um tronco que arrancou a roda direita ovalizando a manga e danificando as porcas de trava.
- Cherokke: batida em um tronco, mesmo do Troller, quebrando terminais e tirando o diferencial do eixo.
- Toyota Hilux: batida em um tronco que calçou a base da torção e quebrou em 3 lugares
- Jipe: aquecimento.
- Troller Tony Cabaré: queima do motor de acionamento da 4x4 e travou o acionamento, veículo só com 4x2 e bloqueio.
- Demais veículos ainda precisam de uma revisão geral, mas uma coisa é certa, todos voltarão para casa com várias cicatrizes de guerra.

3 comentários:

Guiga Tostes disse...

Força Guerreiros, os desafios são grandes mas vcs são mais valentes! Vamos em frente, com segurança, prudencia, força e alegria sempre!

Abrs

Guiga Tostes

Pajero disse...

Pois é Sérgio, a vida é assim mesmo. Não se pode fazer omeletes sem quebrar a casca do ovo. Mesmo assim parabenizo o seu grupo de aventureiros pelo desafios desbravando a floreste. Voces com toda certeza são vencedores. A inveja é minha por não estar ai com vcs. Felicidades a todos e bom retorno. Fiquem com Deus. Léo Ferreira

Unknown disse...

E isso ai amigos..


Aconteça o que acontecer,, JUNTOS ATE O FIM ..

TRANSAMAZÔNICA CHALLENGE 2011

Correio Técnico...

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