sexta-feira, 30 de março de 2012

TRANSAMAZÔNICA CHALLENGE 2012 - UMA AVENTURA INESQUECÍVEL

TRANSAMAZÔNICA CHALLENGE 2012 - LÁBREA - Grande Final!!!

Saída:Humaitá
Destino: Lábrea
Km: 200








Não acordamos cedo, afinal tínhamos que nos preparar com calma para irmos tentar chegar a Lábrea. No começo da manhã nos despedimos dos companheiros Giovanni, Jair, Nicolas e Hélio. Agora só restavam do grupo inicial eu, Leandro, Landry, Cabaré, Marcão e Hugo, éramos quatro carros e um desejo de tentar chegar a Lábrea, enquanto todos diziam que não era possível devido a estrada.

Arrumamos os carros, guinchos prontos, pontos de ancoragem ok, cintas já nos pontos de ancoragem e fora dos veículos, Hi-lift a mão, compramos água, cerveja, comida e tudo necessário para uns 4 dias de acampamento. Como já era meio-dia resolvemos almoçar e seguir viagem. Na entrada da estrada para Lábrea uma foto do grupo e seguimos em frente. Sol de rachar, era bom, pois assim seca mais os atoleiros e facilita nossa passagem.

Chegamos na primeira balsa, de cinco, e a correnteza do rio era forte, quase 1 hora para fazer a travessia com os quatro carros na balsa e a correnteza jogando a balsa longe do ponto de descida. Passamos a balsa e a noticia era de atoleiros pela frente, atoleiros esses que foram surgiram, mas como fazia Sol forte estavam mais fáceis de ultrapassar, ainda mais com veículos preparados. Começou a chover a um festival de escorregadas e quando víamos estávamos com o carro enviesado ou caindo nas valetas. Cabaré deu a primeira atolada e foi aquela zona.

Seguimos em frente e os atoleiros aumentando, fui abrindo a trilha e as horas passando, já era quase quatro da tarde quando atolei em um grande atoleiro, na verdade mais de 500mts de atoleiro puro, uma bela imagem para quem curte o off road puro.

Cabaré tentou vir por cima para me puxar, atolou, Marcão veio com a Ranger e atolou também, pedi para que o Hugo ficasse fora do atoleiro com a 110, seria para uso de emergência. Usamos o guincho do Troller para ancorar Marcão e tirar o Troller da vala, saiu, mas atolou novamente, atolado puxou com o guincho Marcão para fora do atoleiro, que usou seu guincho para me puxar e fomos assim, um puxando outro para trás até conseguir chegar à beirada do atoleiro, quando Hugo foi puxar o Troller. Nossa primeira baixa, o guincho da Land Rover foi pro saco, mas conseguiu no tranco tirar o Troller, que no guincho foi tirando Marcão que foi me tirando com seu guincho.

Um trabalho longo e técnico ai o cabo do guincho do Troller arrebentou em dois lugares, menos um guincho. Hugo atolou, o Troller tirou, Marcão foi puxado pelo Troller, Ranger livre, agora só faltava a Hilux, várias cintas IRONMAN e um cabo de aço de 20mts e pescamos a Hilux, puxando de longe a Hilux foi saindo, mas antes disso entrou mato a dentro e um tronco amassou porta e paralama, cicatrizes de guerra, mais algumas! Rsrsrs...

Já era dez da noite e mais de 5 horas em um único atoleiro, resolução, retornar até um igarapé e acampar, no dia seguinte estudaríamos a solução para passar no atoleiro, agora com menos dois guinchos e com a homocinética da Ranger prestes a estourar.

Na volta para achar um local bom de acampar Hugo atola, puxei a Land e 500mts depois encontramos dois homens na estrada, estavam observando o movimento e moravam em um sítio, um de frente ao outro, conversamos e um deles ofereceu sua casa para acamparmos na frente. Uma casa humilde, mas um local bom para montar acampamento e comermos o arroz do Cabaré. Noite adentro comendo, bebendo cerveja, vinho, água e conversa fora. Começou a chover e todos foram dormir, Landry e Leandro na barraca de chão, Hugo e Marcão em suas barracas de teto, Cabaré dentro da casa do anfitrião em um colchão e eu como queria dormir na rede e estava chovendo e na casa não tinha espaço fiquei dentro do carro, uma noite dormindo no banco da Hilux! Ai minha coluna!

Choveu muito, a noite inteira, madrugada toda e amanheceu chovendo. Lá pelas sete da manhã a chuva deu trégua e tomamos a decisão de que após toda essa água seria impossível chegar a Lábrea, tínhamos avançado quase 100km, estávamos perto do Estreito e não seria possível fazer o restante do trajeto, ainda mais com dois guinchos a menos e a homocinética da Ranger apresentando problemas.

Começos à volta e os atoleiros que tínhamos passado com facilidade no dia anterior estavam ficam quase intransponíveis, mais algumas atoladas e em uma delas levamos mais de 2 horas para tirar o Troller de Cabaré. Os atoleiros com a chuva se juntaram e pasmem, pegamos trechos com mais de 2 km de atoleiros pesados, andávamos em quarta e quinta marcha reduzida com pé enfiado.

Passamos os atoleiros e logo depois estávamos novamente em Humaitá, mesmo não tendo chegado a Lábrea todos estavam felizes com a aventura e programando nosso retorno em 2013. Estava assim encerrado oficialmente a TAC 2012 e com chave de ouro, nossos carros estavam podres de lama e cheios de cicatrizes de guerra.

Um comentário:

Edson Campolina disse...

Parabéns! Aventura segura é isto aí, pode não ter chegado no destino desejado, mas voltaram todos... Abç.

TRANSAMAZÔNICA CHALLENGE 2011

Correio Técnico...

Tem alguma dúvida? Quer saber sobre algum assunto 4x4?
Mande um e.mail para: duvidas@transamazonicachallenge.com.br