domingo, 11 de dezembro de 2011

Mundo Off Road... Calango Trophy 2011

CALANGO TROPHY 2011
Por: Fabiana Martins
Fotos: André Magalhães






Terminou no último domingo, dia 28/11 a oitava edição do Calango Trophy 2011. Numa prova marcada pela utilização das técnicas de condução e utilização de equipamentos próprios para o off - road, aliando-se, como em todas as outras edições, a solidariedade, o companheirismo e o espírito de aventura típicos de seu precursor, o antigo e lendário Camel Trophy.

Nesses oito anos de ediçao, o Calango Trophy "cresceu" e se transformou na maior competição off road do Centro Oeste. Este ano, a Diretoria do Jipe Clube de Brasília "botou pra quebrar" literalmente, mas os competidores não se fizeram de rogados dando verdadeiro show de off road em todas os estágios da competição. Realizada num local conhecido dos jipeiros de Brasília como “Trilha do Durepox” e do “Buraco Cheiroso”, fazenda do Junior, lá fomos nós, amantes do fora de estrada, nos aventurarmos em mais um excelente fim de semana tradicionalmente “jipeiro”.

Sexta feira ä noite, chovendo cântaros, escuridão total só quebrada pelas luzes dos jipes e das lanternas da platéia em geral, um burburinho infinito entre competidores e expectadores. A primeira prova consistia em uma pista "mais ou menos reta", onde os competidores teriam de, "cambados" uns aos outros, atravessá-la e voltar com o outro componente da equipe de ré. Isso tudo com tempo cronometrado, pois nesse estágio o primordial e o "vencedor" seria a equipe que completasse todo o percurso em certo período de tempo. Era apenas um "esquenta" para o que viria a nos próximos 3 dias...

Chuva e frio, lama “até nos cotovelos” marcaram o primeiro estágio do Calango Trophy 2011 e anunciava o que estaria por vir durante o fim de semana.

Terminado o “esquenta” veio o estágio do "GPS", onde os competidores, dessa vez sem tempo definido, teriam de efetuar um percurso demarcado pelo ainda “famigerado aparelho” pois muitos competidores ainda não são familiarizados com a utilização da “engenhoca e penaram para "se achar" na rota. Os competidores tiveram de passar por pontos definidos, finalizando em um determinado local da fazenda. Durante a “viagem” algumas tarefas deveriam ser cumpridas a contento para se determinar o vencedor daquele estágio. O intuído da organização dessa vez, era avaliar o espírito de equipe, bom humor e solidariedade entre os competidores. Mais uma vez seguindo os moldes do Camel Trophy missão plenamente cumprida por todas as equipes.

Após uma noite "literalmente NÃO dormida", dia raiando na fazenda, mais chuva e tempo ruim (perfeito para nós jipeiros) pudemos aí avaliar a real situação do que aguardaria os competidores naquele dia. A organização da prova não decepcionou, e proporcionou um dos estágios mais difíceis de toda a competição. Difícil explicar em palavras o que foi “aquilo”. Dessa vez, os competidores, em duas provas simultâneas, teriam de “atravessar” um percurso com nada mais nada menos que seis barrancos quase negativos, de um lado, e no outro, uma sucessão de valas, buracos e barrancos menores enlameados. As fotos poderão dar aos leitores um pouco mais dessa visão e assim poderão também avaliar melhor do que se tratava. O nome “Durepox” não era por acaso. A lama escura e pegajosa agarrava em pneus, na carroceria das viaturas, nos “zequinhas” e transformava a vida dos competidores num “inferno na trilha”. Difícil até para os árbitros, que corriam desesperados de um lado para o outro, com aproximadamente 2 quilos de lama em seus calçados. E tome mais chuva...

O estágio durou o dia quase inteiro, e garantiu diversão e adrenalina tanto aos competidores como aos expectadores, que vibravam a cada minuto, torcendo por suas equipes favoritas. Gritos e brincadeiras, nortearam o dia que, no entanto, ainda não havia terminado. O cansaço já se anunciava nos rostos dos competidores que clamavam por descanso, o que só viria após a próxima etapa, o ARRANCADÃO NA LAMA que consistiu em “acelerar” as viaturas em um campo aberto, num terreno completamente encharcado e com muita, mas muita lama. O trecho ainda conseguiu divertir os competidores, que mesmo estafados, se divertiram a valer, tentando acelerar suas máquinas naquele terreno, o que, obviamente foi muito difícil. De novo o nome “Durepox” disse ao que veio. Completado mais um estágio, o descanso merecido dos bravos e heróicos competidores, já beirando oito horas da noite. Jantar, e cada um para seus acampamentos. Descanso, mas não por muito tempo, pois no próximo dia, domingo o próximo estágio já os esperava.

Depois do merecido intervalo, cinco da manhã em ponto, competidores, organizadores, árbitros e expectadores já a postos para o último dia de provas... A organização chama todos para o briefing, a fim de apresentar e explicar como seriam as ultimas etapas da competição. O dia ainda estava escuro quando, após as explanações, uma rajada de fogos de artifício apresenta aos competidores o próximo “obstáculo”: uma ARENA DE LAMA digna de reis. Foi um momento impar e a comoção tomou conta de todos, já imbuídos de tudo o que estava por vir. Mais e mais lama, muitos e muitos mais obstáculos a vencer. Esse é o Calango Trophy. A arena foi dividida em três estágios, onde as equipes competiriam também simultaneamente e com tempos cronometrados. Viaturas não bloqueadas, em todos os estágios do Calango Trophy recebiam bônus de tempo, a fim de não serem prejudicadas.

As primeiras equipes começam a se posicionar em seus respectivos pontos de largada e uma a uma vão superando os obstáculos que, desta vez, consistiam em percursos delimitados por bumpers com terrenos diversos. Em um estágio se encontrava um trecho de erosão, com paredes altas e estreitas, que mais parecia uma enorme “caixa de ovos” enlameada. No outro trecho, um em mais barrancos íngremes, com lama e água. Calango Trophy é assim, diversidade de terrenos, dificuldades extremas e muita diversão garantida. Nesses três últimos estágios do Calango Trophy mais uma vez os pilotos puderam demonstrar destreza e suas estratégias as quais definiram os vencedores desse ano.

O esperado resultado do Calango Trophy teve sua festa de premiação na sede da Brasília Motors, que, muito generosamente patrocinou o evento nesse ano, juntamente com a Rhino Linnings, finalizando o calendário de eventos do Jipe Clube de Brasília em 2011. A atual diretoria aproveitou para “passar a chave” para a próxima gestão que também promete muitos eventos de responsabilidade para 2012 e 2013. É isso aí. O Calango Trophy é uma competição acima de tudo entre amigos, contando com famílias que torcem e também apóiam o evento das mais variadas formas. E quem pensa que o Calango Trophy é só para “jipão” engana-se. Modernos e super equipados Wranglers disputam lado a lado com Toyotas Bandeirantes, Samurais e Jimnys... Os bravos e valentes Willys também guerreiam ao lado de Trollers dando show a parte.
Aos leitores dessa conceituada revista fica aqui o convite para virem assistir ao evento no próximo. A diversão é garantida, e o espetáculo surpreende e encanta a todos.

Ficha Técnica:

Nome do Evento: CALANGO TROPHY

Organizadores 2011: Jipe Clube de Brasília
Diretoria e organização: Carlos Paniago, Marcelo Valinha, Bené, Leo Gazzola, Élson Menezes.

Árbitros: Gustavo Estevan, André Ventorim, Bruno Parente, Fabiana Martins, Marconi, Walter, Daniel Ferracioli outros.

Vencedores da ediçao Calango Trophy 2011:

1 - Equipe Monstros M/E – Geraldo Piquet e Alexandre Cerqueira
2 – Marcelo Hulk e Eteval
3 – Claudia Menezes e Luciana “Maria Gotinha”


TRANSAMAZÔNICA CHALLENGE 2011

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