terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Transparaná 2010

Niterói Rally Team mantém cautela no primeiro dia de prova do Transparaná

Iniciado às 8 horas desta segunda-feira, 25, ontem, o maior “raid” do Brasil, o Transparaná, teve uma largada concorrida, pela participação de 76 equipes - 27 inscritas na categoria “Master”, dezoito na “Sênior”, três na “Jeep”, quinze na “Júnior” e treze na “Turismo”. Eles largaram da cidade de Guairá, rumo ao município de Cascavel, enfrentando 248 quilômetros em aproximadamente oito horas de competição. Ao longo dos quatro dias de disputa, eles deverão percorrer 1.370 quilômetros. A chegada ocorrerá em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, a capital do Paraná.

São realizadas duas etapas por dia - manhã e tarde -, e por esse motivo as equipes não podem cometer nenhum tipo de erro. Não há chances de recuperação. Ao final de cada etapa, os pontos são computados e acumulados na classificação geral. É válido lembrar, que o evento conta com a participação das maiores feras do rali de regularidade do País, colocando em evidência a competitividade e a seriedade dos participantes que lutam pelo título de 2010.

No Paraná, janeiro é mês de chuva. Neste ano, porém, a intensidade das chuvas está bem maior do que o esperado. Por este motivo, a escolha dos pneus para a primeira etapa do Transparaná foi decisiva para se obter um bom desempenho. “A seleção do pneu foi o ponto predominante do dia”, diz o piloto Ricardo Barra, da Niterói Rally Team.

"Mesmo com registros de pancadas de chuva, no domingo tivemos dia ensolarado e na segunda-feira o céu amanheceu azul”, observa. “Com a experiência que temos neste tipo de situação, deduzimos que o terreno já estaria seco e calçamos nosso Troller T4 com pneus Mud”, informa. “Foi a escolha mais acertada”, exulta.

Depois de um neutro de 1h 29m, os times seguiram para a segunda etapa. O roteiro completo passou pelas cidades de Marechal Candido Rondon e Toledo. Os “off roaders” encontraram um percurso linear com bastante cascalho, que fazia o carro derrapar nas curvas. As médias de velocidade estavam altas, porém, adequadas para o tipo de estrada.

Quando faltava um terço para a dupla completar o certame, uma chuva torrencial deu o ar de sua graça. “Neste momento, percorríamos um trecho estreito, em meio a plantações de soja e milho. O traçado era sinuoso, e como a chuva alterou completamente as condições do piso, tornando-o totalmente escorregadio. Como consequência, perdemos a aderência com o chão, visto que para essa ocasião, o ideal seria os pneus conhecidos como Cross, que possuem garras”, completou Barra.

Embora tenha perdido um pouco o ritmo de prova, a Niterói Rally Team seguiu determinada, e graças ao bom desempenho obtido em boa parte da disputa, a equipe conquistou a sexta posição na parte da manhã e a 13ª na tarde. O resultado na geral da segunda só seria divulgado na noite desta terça-feira, ontem.

“Os dias aqui são longos”, observa Ronaldo Leis, o navegador da Niterói Rally Team, mencionando os muitos quilômetros percorridos pela maratona “off road”. Este percurso exige um poder de concentração bastante rigoroso, diz, observando que o trajeto é em linha, sem repetições de passagens por determinados lugares. “Não tivemos grandes obstáculos, tampouco pegadinhas”, declara, informando que nesta terça-feira o comboio rumará até Campo Mourão.

Isis Moretti

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